A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Marechal Cândido Rondon diz que é de responsabilidade do Ministério Público Federal analisar as denúncias feitas contra o ex-chefe da Agência do Trabalhador, agora vereador Adelar Neumann.
Ele teria montado um esquema ilícito para angariar votos
Chegou até o Ministério Público uma informação que configura, em tese, crime e ato de improbidade supostamente praticados da Agência do Trabalhador de Marechal Cândido Rondon.
Segundo consta, o então servidor público Adelar Neumann, lotado como chefe do SINE durante os anos de 2013 e 2014, teria montado um esquema de votos visando o pleito eleitoral de 2016.
Ainda de acordo com a notícia levada ao conhecimento da Promotoria, o ilícito consistia na liberação de parcelas de seguro-desemprego para trabalhadores que recusavam vagas de trabalho.
Em troca do favor, conforme a denúncia, Adelar exigia que o beneficiário lhe entregasse parte do valor do benefício concedido irregularmente e firmasse o compromisso de voto para as eleições municipais.
Para executar a fraude, o servidor teria feito o uso de senhas pessoais de colegas de trabalho, a fim de validar, via sistema web, a solicitação do benefício e operacionalizar a ação criminosa.
A mensagem indica como testemunha do fato uma servidora que, conforme a denúncia, repassava 50% do salário para o então chefe da Agência do Trabalhador, sob a ameaça de ser exonerada.
Foi instaurada também uma Sindicância Administrativa que, mesmo diante das graves denúncias, apontamentos e oitivas que corroboram com as informações já destacadas, pronunciou-se apenas em suspender por 30 dias o servidor denunciado.
Sendo assim, o Ministério Público da Comarca de Marechal Cândido Rondon determinou na semana passada a instauração de “Notícia de Fato”, na área do Patrimônio Público, para apurar ilícitos supostamente praticados.
A considerar que os atos denunciados ofendem diretamente serviços de interesse da União, o promotor de Justiça da Comarca local, Alessandro Luiz dos Santos, menciona que a apuração cabe ao Ministério Público Federal.
O caso foi denunciado pela ONG denominada de “Vigilantes da Gestão” e o acusado Adelar Neumann é atualmente vereador em Marechal Cândido Rondon.
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