Segundo informações, a direção do hospital decidiu restringir a alimentação aos acompanhantes, e garantir apenas àqueles acompanhantes de crianças, idosos (ambos amparados por lei), na qual, o hospital é obrigado a garantir alimentação e os acompanhantes de pacientes com fraturas de fêmur. Ou seja, todos os outros acompanhantes ficarão com fome. A direção do maior hospital de urgência e emergência do estado, referência para atendimento de trauma, alega que a unidade está com pouco estoque de gêneros alimentícios e um grande excesso de pacientes e acompanhantes e não consegue garantir a alimentação para todos os acompanhantes. No entanto, a realidade do Walfredo Gurgel sempre foi de superlotação, sobrecarga de profissionais e corredores cheios, mesmo antes da pandemia.
"Meu filho tem 30 anos e ainda não tem previsão de alta e sou quem fica com ele o dia todo. Como vai ser agora? Fico imaginando como é que vai ser com um monte de pessoas que tem aqui dentro e que não conhecem ninguém na cidade. As pessoas vão passar fome dentro de um hospital", disse a acompanhante.
Para a assistente social do hospital, Rosália Fernandes, a maioria dos pacientes são do interior e suas condições sócio econômicas são extremamente precárias. “A imensa maioria dos familiares não têm nenhuma fonte de renda para que possam ter condições de comprar comida e garantir sua permanência no hospital. Assim como a enfermagem que também não tem condições de garantir e assegurar as necessidades mais gerais dos pacientes, devido ao número insuficiente de profissionais. É obrigação do estado garantir alimentação para todos. Deixar essas pessoas sem alimentação é desumano”, enfatizou Rosália.
Para nós do Sindsaúde/RN, essa é mais uma maneira de conter gastos na saúde pública às custas da população pobre que necessita de atendimento de qualidade e do SUS. Repudiamos essa decisão e esperamos que a direção do hospital volte atrás e garanta a alimentação para todos os acompanhantes. O governo do estado é responsável por essa situação, pois sabemos que os problemas do fornecimento e superlotação não são de hoje. É necessário que o governo ofereça condições humanas aos pacientes, acompanhantes e trabalhadores da saúde.
SINDSAÚDE/RN
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