Polícia Federal realiza exercício simulado com o uso de drones na Praça Mauá, região portuária do Rio de Janeiro
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Iuri Corsinida CNN*
no Rio de Janeiro
PF informou que já instaurou procedimento administrativo demissionário contra os servidores da ativa que teriam participado do esquema criminoso
Em um desdobramento da segunda fase da Operação Tergiversação, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) denunciou 10 pessoas, entre advogados, empresários e membros da Polícia Federal (PF), por um suposto esquema de venda de proteção dentro da PF.
Segundo a denúncia, advogados do Rio cobravam propina de seus clientes para que eles obtivessem proteção da Polícia Federal em investigações. O MPF apontou crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, concussão e organização criminosa.
Segundo a Polícia Federal do Rio, a investigação começou por iniciativa da própria instituição e o resultado é a denúncia oferecida pelo MPF. Segundo a corporação, “é sinal de que as investigações e a operação foram bem sucedidas”.
Além da operação que desencadeou na denúncia, a Polícia Federal instaurou procedimento administrativo demissionário contra os servidores da ativa que fizeram parte do suposto esquema.
No dia 15 de novembro do ano passado, agentes da PF e representantes do MPF cumpriram 2 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro, na segunda fase da Operação Tergiversação.
Na primeira fase da operação, realizada em maio de 2019, os agentes desarticularam um grupo suspeito de atuar dentro da Superintendência da PF do RJ, que foi acusado de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, organização criminosa e obstrução à Justiça.
As autoridades informaram que os suspeitos mantinham um esquema de cobrança de propina de investigados em inquéritos policiais por crimes ligados aos Correios.
Na segunda fase, foram investigados outros empresários e companhias que participaram do esquema de pagamento de propina a delegados e escrivão em troca de proteção. Eles eram investigados nas operações Titanium (sobre fraudes envolvendo o plano de saúde dos Correios) e Viupostalis (sobre fraudes envolvendo o Postalis, responsável pelo fundo de pensão dos Correios).
As ações envolvem o pagamento de propina de cerca de R$ 4,3 milhões a mais de 11 empresários. Os advogados que atuaram como intermediários na cobrança indevida de vantagens também foram alvos das denúncias do Ministério Público.
*Com informações de Thayana Araújo e Paula Martini, da CNN
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