É impressionante.
Passei um tempão pesquisando os preços de alguns dos produtos cujas marcas aparecem naquelas imagens históricas divulgadas sexta-feira pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
Gente, são preços de cair o queixo.
Mais um símbolo da arrogância e do despudor que prevalece na administração da coisa pública.
É verdade que, segundo o G1, as comidinhas a que me vou me referir aqui estavam na cela de Jacob Barata Filho, o mesmo que o juiz do Supremo, Gilmar Mendes, já mandou soltar duas vezes (em agosto).
Numa foto, aliás, até parece que a inspeção surpresa interrompeu a degustação de um brownie, que repousava cortado sobre um prato, faca e colher a postos.
Bem, seja na cela de Barata, seja na de outro ‘perseguido’, como eles se qualificam, o que salta aos olhos é a cara de pau dessa gente, viciada em privilégios. E em bolinhos de bacalhau e camarão.
Camarão na cadeia!
Nunca é demais lembrar que a comilança foi comprada com o dinheiro de todos nós. Inclusive de pessoas que estão morrendo por falta de atendimento em hospitais.
Vamos aos precinhos.
Um dos queijos, o Babybel, francês, R$ 279 o kg, é do tipo Saint Paulin. Foi inventado, veja só, por monges trapistas que – juro – faziam voto de pobreza. Viviam em austeridade e em silêncio.
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Uma segunda marca de queijo aparece nas imagens. Chama-se Chavroux. De leite de cabra, vem de Reparsac, uma pequena localidade do sudoeste da França da qual eu nunca tinha ouvido falar.
R$ 233,00 o kg.
Mas demorar mesmo, demorei, primeiro, pra descobrir a marca do presunto cru da imagem de Benfica.
Depois, foi bem complicado também encontrar uma cotação online.
Ou seja, outra iguaria só para iniciados. Ou para quem se empapuça com o nosso dinheiro.
Trata-se de um produto da região do Porto, em Portugal, saído de uma charcutaria super hiper tradicional que eu também desconhecia, a Primor.
Preço: R$225,00 o kg, bem mais alto do que um presunto também cru e italiano, que se compra pelo equivalente a R$ 159,00, também o kg
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