Um primo do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi preso nesta quarta-feira (20) em uma operação da Polícia Federal (PF) contra o tráfico internacional de drogas.
À CNN, a PF confirmou que Isaac Alcolumbre está entre os alvos da Operação Vikare, que investiga ainda casos de associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro no estado do Amapá.
Cerca de 300 policiais federais foram às ruas para cumprir 24 mandados de prisão preventiva, além de 49 mandados de busca e apreensão.
No Amapá, foram cumpridos 4 mandados de busca e 2 mandados de prisão preventiva, em empresas e duas residências localizadas em Macapá e também em um aeródromo particular.
Além dos mandados na capital amapaense, pessoas físicas e empresas nos estados do Pará, Amazonas, Piauí, Ceará, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná também foram alvos da operação.
A investigação
De acordo com a PF, a ação desta quarta-feira teve origem em maio de 2020, quando investigações no Amapá encontraram movimentações suspeitas de aeronaves e foram localizados destroços de um avião de pequeno porte no município de Calçoene.
No estado, a Polícia Federal encontrou indícios de que um aeródromo fornecia apoio logístico, como combustível para a aeronave fazer voos aos demais estados brasileiros, bem como a outros países fornecedores da droga, como Colômbia e Venezuela.
“Com o aprofundamento do trabalho da PF no Amapá, chegou-se a uma grande e articulada organização criminosa com participação de brasileiros e estrangeiros, voltada à prática de diversos crimes, notadamente o tráfico internacional de drogas, por meio de uma rota que passava por países da América do Sul, principalmente Colômbia e Venezuela e tinha o estado do Amapá como uma de suas bases logísticas fundamental”, disse a PF, em nota.
Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a Justiça Federal no Amapá também determinou medidas de sequestro de bens, direitos e valores de 68 pessoas físicas e jurídicas.
A medida incluiu 95 veículos, entre carros, caminhões e motos, 3 aeronaves, 19 embarcações, imóveis em nome de 41 pessoas físicas e jurídicas. Já os bloqueio de ativos financeiros de pessoas físicas e jurídicas que chegam ao montante de R$ 5,8 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 51 anos de prisão, além do pagamento de multa.
CNN BRASIL
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