Maryanna Oliveira/ Câmara dos Deputados
4 em cada 10 deputados federais do PSL vão mudar de legenda após fusão com o DEM
Pelo menos 40% da bancada eleita pelo partido em 2018 deve deixar União Brasil por alinhamento com Bolsonaro e brigas nos estados
"Não tenho nenhuma relação com quem está na presidência do partido no Rio, e a situação se agrava pela forma desrespeitosa com que aconteceu a indicação, sem passar pelos deputados federais", diz Laterça.
Presidente do PSL no Rio, Waguinho teve seu primeiro mandato marcado por investigações do Ministério Público por fraude a licitação e desvio de dinheiro público. Por meio de sua assessoria de imprensa, ele disse que foi eleito com 81% dos votos válidos e que tem em seu currículo um mandato de vereador e dois de deputado estadual.
Entra e sai
Mesmo com a maioria de saída, alguns apoiadores de Bolsonaro devem ficar no PSL, a exemplo do deputado General Peternelli (SP).
Ao GLOBO, Bivar disse que “todos que permanecerem serão bem-vindos” e que espera repor as saídas.
"Na eventualidade de alguns deixarem a sigla face a fusão, entendemos que no segundo momento (janela partidária), novos parlamentares virão e certamente manteremos um número significativo de congressistas", afirmou Bivar.
Sobre um apoio a Bolsonaro, o deputado disse que tudo é decidido pela “comissão instituidora” .
Pelo menos 16 dissidentes do PSL declararam que vão escolher o mesmo partido de Bolsonaro, que nas últimas semanas tem flertado com o PP. Sem o martelo batido, o presidente mantém conversas com outas legendas, como o PTB.
Levantamento do GLOBO nas cinco maiores assembleias legislativas do país — São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia — mostra que a debanda de eleitos também chegou aos estados. Dos 32 parlamentares ainda no PSL, 15 pretendem se desfiliar.
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A diferença é que, em âmbito estadual, deputados já apontam como destino partidário PSDB, Podemos, Progressistas e PTB. Os motivos para a saída são diferentes. Janaina Paschoal (SP), por exemplo, diz que vai aguardar para entender os próximos passos do União Brasil, mas diz que o mais provável é sair para uma sigla “claramente de direita”. Há também quem escolheu mudar para se alinhar aos governos estaduais. Em São Paulo, Adalberto Freitas pretende ir para o PSDB, legenda que comanda o estado.
IG
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